quarta-feira, 6 de abril de 2011

Você poderia estar feliz e eu não saberei.
Mas você não estava feliz no dia em que te vi partir.
E todas as coisas que queria não ter dito
São tocadas repetidamente até tornarem-se loucura na minha cabeça.
É muito tarde para te lembrar de como nós éramos?
E esses ainda não são os últimos dias de silêncio, gritos e borrões
A maior parte do que eu lembro me faz certo de que
Eu deveria ter impedido você de sair pela porta.
Você poderia estar feliz, eu espero que esteja.
Você me fez mais feliz do que jamais fui.
E de alguma maneira tudo o que eu tenho cheira a você.
E pelo mais curto momento, tudo não é verdade.

Aqui vamos nós, venha comigo
Há um mundo lá fora que deveríamos ver
Pegue a minha mão, feche seus olhos
Com você aqui, eu sou um astronauta

Vamos voar e subir
E aonde vamos ninguém sabe.

Para onde vamos não precisamos de estradas
Ninguém sabe onde é.
Para as estrelas se você realmente quiser,
Eu tenho uma mala pronta com o seu nome escrito
Acima das nuvens na atmosfera.
Apenas diga as palavras e estaremos fora daqui.
Segure a minha mão se sentir medo.
Voaremos pra fora, pra fora daqui.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Coisas que eu nunca direi.

Estou arrancando meus cabelos.
Soando em minhas roupas.
Agora tento manter a calma, mas sei que estou demonstrando.
Estou em pé há horas
Minhas bochechas ficam vermelhas
Tento encontrar as palavras
Dentro da minha mente.
Fico tão nervoso
Tentando ser perfeito
Porque sei que voce vale a pena.
Você vale a pena.
Mas se eu pudesse dizer o que quero dizer
Diria que quero te levar pra longe
Estar com você todas as noites
Estou te apertando muito forte?
E se pudesse ver o que quero ver
Veria você abaixar-se em um joelho
Fique comigo para sempre.
Acho que estou deixando minha vida passar à toa
Com essas coisas que eu nunca direi.
Isso não me faz bem nenhum
É só uma perda de tempo.
Que uso tem pra você
O que se passa na minha mente?
Mas se isso não está vindo à tona
Não estou indo a lugar nenhum
Então porque nao posso simplesmente te dizer que eu me importo ?
O que há de errado com a minha língua?
As palavras continuam a fugir
Estou tropeçando, ficando tonto.
Come se não tivesse nada pra dizer
Porque eu fico nervoso
Tentando ser tão perfeito
Porque sei que você vale a pena.
Você vale a pena.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Apelo



Porque em seus olhos ainda vejo uma faísca do que fora algo incandescente.
E pela verdade que um dia me entregastes, sei que não és tu quem vejo agora
Mas a personificação da nostalgia que abrigas.
Então, com e força que guarda inerte dentro do teu peito,
Anima-te para a vida.
A tua vida, aquela que tentara abandonar pelas desilusões.
E saiba que não só de quedas é feita a vida, mas da força com que delas levantamos.
Então não me deixa escutar novamente uma canção de um coração partido na tua presença,
Porque mais forte é aquela que ainda guardo na memória, que cala teu desânimo e rende tua tristeza.
Aprenda que além dos giros monótonos da vida em que somos lançados, há uma força maior,
a qual podemos nos prender para resistirmos a eles.
E se a tua encontra-se sombreada, pode, se quiseres, tentar achá-la em mim,
Se verdade for o que um dia me contaste em segredo.
E, assim, acorda e tras de volta quem eu conhecia, aquela a qual causava alegria a vida, simplesmente,
e mata aquela que se rende à indiferença do cotidiano.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Morte

Será que devemos usar a certeza de um lugar melhor como um tipo de consolo para fugir da enorme tristeza que nos atinge?
Até que ponto pode alguém sentir tamanho sofrimento?
É como se sua alma fosse tirada de você, sem danos externos.
Sem marcas corporais, sem sintomas físicos. Sutil, e ao mesmo tempo extremo.
Alguma coisa ingenuamente comparada a filmes ou histórias surreais, mas sem a consciência de que é somente ficção.
É ser levado ao ponto mais sublime que você suporta, e então desmoronar em águas desconhecidas, emoções penetrantes, arrasadoras e novas.
observar seu castelo de cartas desabar por entre seus dedos, sem o poder de ergui-lo.
Ver quem amas perecer inerte à vida, levado por uma força maior à morte.
A mais profunda das perdas, por não atingir somente um, mas a todos.
Como achar forças para suportar algo jamais cogitado, que abala todas as suas estruturas?
Somente erguendo-se uns aos outros; encontrando abrigo em ombros alheios, apoiando-se nas partes que eles tem, as quais nos faltam.
Valendo-se da energia que nos é passada pelo mais forte laço humano: a amizade.
Então sejamos humanos e saibamos confortar aqueles que guardam em seu íntimo as mesmas emoções por nós trazidas, compartilhamos não somente momentos de alegrias, mas também de lágrimas, buscando com determinação a ajuda ao semelhante.
Muitas vezes não precisamos de grandes objetos ou lugares, mas de um olhar e do calor de um abraço.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Futuro

E até já sei prever o futuro.
Talvez por sua irmandade com o insensato Presente, que de presente não é mais que o nome.
Amores idealizados, amizades eternas, irmandade sincera; Nada disso é real. Não para mim, que vivo em um mundo diferente do proposto pela pacata, incriativa e monótona maioria da população. Não digo que minhas ações ou gostos são superiores. Não, nada de discursos ao estilo Hitler.
Mas simplesmente diferentes. Não assim, de boca para fora, como julgam diferente tudo o que existe, mas do tipo que não consegue se enturmar em
assuntos cotidianos das pessoas ou sentir emoções consideradas normais, ou cíclicas.
E, voltando ao futuro, não é assim um bicho de sete cabeças, ou sequer indecifrável.
É até previsível demais para o meu gosto; e com a previsão, também se torna cíclico e monótono, como o tal presente.
Já sei que vou sofrer pela minha indigna mania de esperar mais dos outros do que eles possam dar e por os idealizar; por viver em constante
mágoa, indecisão, orgulho e falta de decisões.
Já não me é assim tão estranho a traição por alguns que um dia julguei fiéis, ou o esquecimento de valores essenciais há uma época, os quais
deveriam ser eternos. Não, isso não é novidade. E, por esse presente que a tantos se faz desfrutável, passo como a queda de uma folha em um dia
qualquer, imperceptível, à espera de um futuro não tão louvável, com quedas esperadas e perdas inconsoláveis; com decepções tantas que fojem
à possibilidade de lembrá-las.
Mas não me rendo; não dou ao futuro o prêmio de vitória sobre mais um que por ele passa. Não afogo mágoas em copos com álcool, ou tento
sufocar os fantasmas da minha vida em um lugar isolado. Não!
E também não digo que dele me faço vitorioso, por conseguir encontrar superações aos tombos. Apenas considero 'diferente', por falta de definição
mais coesa, e, com atos já banais e comportamento indiferente, sigo meu caminho a um lugar incógnito, lugar qualquer, mas por uma estrada há
tempos conhecida.