terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Morte

Será que devemos usar a certeza de um lugar melhor como um tipo de consolo para fugir da enorme tristeza que nos atinge?
Até que ponto pode alguém sentir tamanho sofrimento?
É como se sua alma fosse tirada de você, sem danos externos.
Sem marcas corporais, sem sintomas físicos. Sutil, e ao mesmo tempo extremo.
Alguma coisa ingenuamente comparada a filmes ou histórias surreais, mas sem a consciência de que é somente ficção.
É ser levado ao ponto mais sublime que você suporta, e então desmoronar em águas desconhecidas, emoções penetrantes, arrasadoras e novas.
observar seu castelo de cartas desabar por entre seus dedos, sem o poder de ergui-lo.
Ver quem amas perecer inerte à vida, levado por uma força maior à morte.
A mais profunda das perdas, por não atingir somente um, mas a todos.
Como achar forças para suportar algo jamais cogitado, que abala todas as suas estruturas?
Somente erguendo-se uns aos outros; encontrando abrigo em ombros alheios, apoiando-se nas partes que eles tem, as quais nos faltam.
Valendo-se da energia que nos é passada pelo mais forte laço humano: a amizade.
Então sejamos humanos e saibamos confortar aqueles que guardam em seu íntimo as mesmas emoções por nós trazidas, compartilhamos não somente momentos de alegrias, mas também de lágrimas, buscando com determinação a ajuda ao semelhante.
Muitas vezes não precisamos de grandes objetos ou lugares, mas de um olhar e do calor de um abraço.

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